segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Soneto a uma morte patética

A mansa fera dorme enquanto espera
A surda e lene morte a lhe levar.
Alcança este homem livre a vil quimera
Que o dera a dor mais langue ao lhe matar.

Morreu liso e estafado, em vão já era
Rapaz de sonho pouco a se entalar.
Na sua ideia torta nada altera,
E agora morta e torta há de ficar.

Dormiu demais com a porta semi-aberta
Em sono assim de pedra e já de lado,
Adentra a morte fria e então lhe aperta

Abarca-lhe a goela e tem selado
Destino de ser morto e sem alerta,
Jazer de boca aberta e engasgado.

16-09-11

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