Há muito neste mundo.
Há coisas por demais.
Muitas sacolas plásticas,
muitos rapazes ociosos,
há curiosos por detrás das frestas,
e pessoas que morrem numa língua a qual não falam,
a qual domina e impregna maldosamente os puros romances.
Tão idiota ela é,
tão tola,
tão...
Pobres meninos internados,
pobres ameixas enlatadas,
pobres poetas que escrevem prosa,
sobre prosa...
Há gente por demais nesse mundo,
Há bicicletas azuis com nomes de sabão,
há homens que amam pedras,
há condições sine qua non,
há poeira nos rótulos da porta,
Formigas,
seringas,
giz...
Manchas escuras na pele envelhecida,
gatos caolhos que se entrelaçam em minhas pernas,
pobres viciados que empenham panelas,
pobres cordelistas que cantam na feira,
pobres poetas que escrevem divagações
sobre divagar...
Pobre Camões que morreu na miséria...
09-06-11
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