sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Meus anelos

Eu nunca satisfiz os meus anelos
Quando quis ter a todos satisfeito.
Recubro a vida afora com despeito
E frustrado, ao meu nada então apelo.

No entanto, nele posto é pois mais belo
O sofrer de uma astrosa criatura,
Que em píncaro de horrenda desventura,
Não recorre ao vil mundo paralelo.

Feliz é estado incerto e improvável
A mim que vivo e evito estar absorto,
A mim só basta ser e estar estável

Sem ter no impossível meu conforto.
Não vivo a me fiar no insustentável,
Pois logo tombarei com isto: eu morto.

joão niemandt
16-09-11

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