Eu nunca satisfiz os meus anelos
Quando quis ter a todos satisfeito.
Recubro a vida afora com despeito
E frustrado, ao meu nada então apelo.
No entanto, nele posto é pois mais belo
O sofrer de uma astrosa criatura,
Que em píncaro de horrenda desventura,
Não recorre ao vil mundo paralelo.
Feliz é estado incerto e improvável
A mim que vivo e evito estar absorto,
A mim só basta ser e estar estável
Sem ter no impossível meu conforto.
Não vivo a me fiar no insustentável,
Pois logo tombarei com isto: eu morto.
joão niemandt
16-09-11
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